XVI
às vezes, falo-te pouco de mim.
não é de propósito, mas tenho sempre tantas coisas para contar.
e conto, conto, conto... e só entre meias palavras me vais apanhando.
ainda bem que estás sempre tão atenta!
XV
já tenho os brinquedos arrumados.
a caixa encostada a um canto.
limpei-lhes o pó. mirei-os bem. gosto deles assim estragados pelo uso. com pequenas falhas de tinta, aqui e ali um bocado do material arrancado.
vou sentar-me à tua frente e falar tranquilamente.
de hoje em diante, será assim:
um caminho directo
à procura do fim.